quarta-feira, 12 de junho de 2013

Educação ambiental.

Pequeno açude no meio da caatinga; uma das características da caatinga é a impermeabilização do terreno, no caso o subsolo recheado de pedras miúdas cortantes; o subsolo se compõe de terra e pedras; era de esperar que as pedras no meio da terra do subsolo facilitassem a drenagem da água das chuvas, mas a terra que compõe o subsolo funciona como uma massa de cimentação impedindo a infiltração de água das chuvas no terreno; por outro lado, o subsolo da caatinga é muito raso, já que a caatinga é ondulada, facilitado a erosão;  a água das chuvas não tem força para arrastar, rolar as pedras, mas consegue tirar areia do subsolo; por ser um subsolo impermeável, em declive, qualquer chuvinha leva água para o açude construído na depressão do terreno, no caso o riacho temporário; o subsolo da caatinga, parte mais externa do terreno é um piçarro de terra e pedras miúdas, muito bom para a construção de paredes de açudes e aterros de estradas de rodagem; no caso deste açude da fotografia a máquina simplesmente empurrou o piçarro  de baixo para cima da parede; pode-se notar que é um açude novo, já que não há vegetação junto da represa de água, como seria comum, quando as plantas procuram a água; a fuga de água no terreno é muito baixa (impermeabilização), porém a fuga por evaporação é muio alta, chegando a 11 litros por metro quadrado ao dia, o  que significa dizer que essa pouca água deve armazenada deve desaparecer (se não receber mais água das chuvas) até setembro de 2.013; Não seria viável em termos de custos versus armazenamento de água, outras ideias para armazenar água das chuvas na caatinga, a exemplo de captação e armazenamento de água das chuvas em lonas ou encerados plásticos, sugerido por dsoriedem.blogspot.com, tendo em vista a dificuldade em se cavar cisternas nesse terreno duro, fino, assentado em lajedos e com muitas pedras, que danificariam a lona ou encerado do projeto; parece que a construção desse açude, nessa área, não traz benefício para o agricultor/pecuarista, já que não ha sementes do PASTO, alimento do gado, para germinar, e assim não há o que o bicho comer, e se não tem comida inviabiliza a criação de gado; mas esse pequeno açude poderia ser no futuro: a parede do açude barra a matéria orgânica arrastada pela água das chuvas das partes altas para o porão do açude, e com o tempo, digamos, 10 anos, vai ser criada uma camada de solo orgânico mineral no fundo do açude; a água armazenada em cima dessa camada de solo vai se acumular entre o solo e o lajedo no fundo do açude, podendo fornecer cacimba no verão, quando o açude secar; essa água pode entrar em uma brecha do lajedo e criar uma fonte de água no futuro; a água das chuvas no solo evapora 3,5L/m²/dia, contra os 11 L/m²/dia da evaporação da superfície da água do açude.

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