Mata verde embaixo, seca em cima, uma verdadeira inversão de valores; As árvores desfolhadas são algarobas, leguminosa, planta de desertos secos, bem adaptada ao clima do semiárido, está sempre verde, enfolhada, e mesmo liberando as folhas por caducidade, em determinada época do ano sempre no verão sem chuvas, recupera-se em curto período de 8 dias, enfolhando-se, renovando as folhas, prontas para criar flores (que são folhas modificadas) e consequentemente vagens com sementes, sistema de reprodução da algaroba; o que está estranho aqui om relação ao aspecto da algaroba é que estamos em plena estação das chuvas no semiárido; qual a causa? Enquanto isto as plantas, rasteiras, embaixo das algarobas estão verdes, exuberantes por conta da oferta de chuvas em 2.013; essas plantas rasteiras tem vida curta de até 120 dias (+ ou -) quando murcham, secam, morrem, mesmo que a terra esteja molhada, podendo dizer que lá pelo mês de setembro/13 elas não existirão nesta área; Mas essas plantas rasteiras, mostradas nesta fotografia se beneficiaram com o desfolhamento das algarobas; as algarobas são plantas invasivas no NE, e são individualista ao ponto de não permitir o desenvolvimento de outras árvores no seu MEIO, e são capaz de fechar as copas no alto bloqueando a penetração de luz do Sol até o solo, impedindo o desenvolvimento de plantas rasteiras, como se vê nesta fotografia; é portanto, um caso excepcional o nascimento e desenvolvimento de tantas plantas rasteiras. A inversão de valores com relação aos 2 níveis de plantas, é que a algaroba sem folha não processa a fotossíntese, e portanto não se reproduz (vagens, sementes) e teve seu desenvolvimento drasticamente afetado com essa agressão, mas a árvore algaroba seca e morre quando durante dois anos seguidos sofre esses danos; isto é, as árvores leguminosas ainda não estão mortas, mas podem morrer se em 2.014 sofrer os mesmo danos na época das chuvas;
Resta explicar a causa dos danos na algaroba: praga do inseto bicho-pau ou mané mago, um verdadeiro fenômeno o negativo pois a algaroba é a segunda massa orgânica, em volume, nesta área do agreste-RN, e ainda, se não tem vagens, não tem (parte do) alimento para o gado no verão, mais uma agravante para a seca e a fome na área. O Bicho-pau se tornou uma praga que vem crescendo ano, a ano, mas por enquanto só ataca a algaroba e a jurema, capaz de devorar todas as folhas de juremas e algarobas em centenas de quilômetros quadrados em 30 dias; Sua vida é curta e acaba quando acabam as folhas de algaroba e da jurema, o que nos permite entender que sua longevidade vai depender de uma adaptação alimentar, o que seria desastroso se o "mané Mago" comesse os capins plantado nas vazantes dos açudes para alimentar o gado no verão do semiárido; imaginem-se se ele ajudasse a lagarta a comer a lavoura de milho e feijão do Homem;
Mas será que o bicho-pau é totalmente inútil? É provável que o bicho-pau tenha se multiplicado dessa forma por conta da presença da algaroba no NE, planta trazida dos desertos como forrageira para o NE, totalmente agressiva ao ambiente e a vida (por várias razões já explicadas em outras postagens nesse dsoriedem.blogspot.com; Justificamos por que a mata está seca em cima e verde embaixo, uma inversão de valores, não natural.
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