terça-feira, 4 de junho de 2013
Educação ambiental.
Nesta fotografia, em primeiro plano, o terreno pedregoso da caatinga, e no fundo a vegetação verde nas várzeas de um riacho encravado na caatinga; o terreno da caatinga é subsolo; o terreno da várzea é o SOLO orgânico mineral formado por minerais e matéria orgânica arrastados da caatinga ondulada, pela água das chuvas ao longo de milhares de anos; Esta área aberta, com apenas 2 arbustos, tem mais de 200 m², ou seja, uma clareira de 200m² = CAATINGA; a caatinga NÃO TEM solo, e por isto é SEMIÁRIDO natural; a chuva que cai no terreno da caatinga é a mesma que cai na várzea do riacho temporário, nesta fotografia; enquanto apenas 3% (no máximo) de água das chuvas precipitadas ficam na caatinga, na várzea do riacho, dependendo da espessura do solo, pode armazenar 7% da água das chuvas precipitadas durante o ano; A caatinga, clareira, tem até 0,03 m³ de massa vegetal por m², enquanto a várzea do riacho, dentro da caatinga, pode ter 0,2m³/m², o que seria CERRADO; enquanto na caatinga há um arbusto ou um cacto para uma área de mais de 20 m², no cerrado há uma árvore, ou um arbusto, ou um cacto para área de 1 a 2 m²; o subsolo que se vê na caatinga do sertão nordestino existe no cerrado, e tem o mesmo aspecto, e portanto a caatinga mostra, revela o terreno que existiu, existia desde a Era proterozoica; enquanto os demais terrenos foram beneficiados com uma capa - o solo de sedimentação orgânico/mineral, na caatinga ondulada não foi possível esse benefício, já que a água das chuvas não permite a formação de solo; Como termos de comparação, o terreno da zona da mata nordestina é composto de morros de massapê, onde não se vê pedras, lajedos aflorando, onde solo e subsolo se confundem; Se os morros da zona da mata são mais ondulados, íngremes do que a caatinga do sertão, por que a formação de solo? A formação geológica do terreno da zona da mata, junto ao Oceano, tem principio diferente da formação do terreno da caatinga do sertão; Na zona da mata nordestina a oferta de chuvas foi sempre 3 vezes maior do que na caatinga; consequentemente o nível de cobertura vegetal contribuiu para a formação do solo orgânico mineral profundo; ao longo de muitos anos a zona da mata foi explorada com a monocultura da cana-de-açúcar, quando o arado do trator extraiu o solo dos morros íngremes, e hoje o terreno externo em grande parte da zona da mata é o subsolo de argila, bem diferente do terreno subsolo da caatinga (da fotografia) que é pedregoso, seixos irregulares, pontiagudos, cortantes, com pouca terra formando um terreno raso, assentado no lajedo, por vezes emergentes; assim as plantas não tem como fixar suas raízes, particularmente as árvores, exceto a faveleira, que não é nativa daqui, e não tem a raiz pivô central; além de não ter espaço para as raízes, não armazena água das chuvas; Como podemos constatar a classificação de Caatinga está relacionada com o nível, porte, número e variedade de plantas, e estes elementos são condicionados pela ESCASSEZ de solo, e NÃO por escassez de chuvas como tentam-se justificar nos diversos trabalhos de geografia e biologia brasileiros; O sertão nordestino tem CERRADOS com vegetação (nativa) de 0,3m³/m² nas várzeas dos rios temporários, nos vales, e onde o solo orgânico mineral tem espessura superior a 50 cm; A fauna é proporcional em número, variedade de espécies, porte, ao nível de cobertura vegetal, de tal modo que, os animais que habitam o CERRADO do sertão EVITAM a caatinga; Exemplo: a onça do sertão NÃO se arriscava no terreno da caatinga, pois além da escassez de alimentos, estariam vulneráveis aos seus carrascos, no caso o índio, e depois o Homem civilizado; o índio matava as onças que o tem como cardápio; O homem civilizado matava a onça pintada do sertão por que ela tem o gado bovino do Homem no cardápio, e matava a onça parda por que ela tem o gado caprino no cardápio, por isso chamada de onça de bode. Aos poucos, com estas postagens sobre a caatinga, vamos acendendo uma luz nas trevas educativas e culturais BR, por que já é tempo do Brasil ter uma literatura ambiental PRÓPRIA.
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